A Cigarra e a Formiga
Num bosque verdejante, durante o verão. um grupo de cigarras ocupava-se o dia todo cantando.
No solo desse bosque, um formigueiro esforçava-se para recolher o máximo de grãos de trigo, em preparação para o inverno rigoroso.
As cigarras viam o movimento das formigas e se perguntavam: -Para que tanta pressa, se ainda falta muito tempo para o inverno? Mas o outono ia chegando e, aos poucos as folhas das árvores começavam a cair. Ocupadas em cantar, as cigarras nem ligavam.
De repente, as folhas amareladas não serviam mais para a refeição das cigarras e era difícil cantar, sentindo frio e fome. Mas as cigarras cantaram até o último instante. Até a última folha cair.
Agora, enquanto a neve caía, as formigas se recolhiam para as suas casinhas bem aquecidas, e com comida para o inverno. Uma formiguinha limpava a frente de sua casa, aprontando-se para entrar, quando viu uma cigarra aproximar-se.
A cigarra tremia de frio, estava faminta e muito magra. A formiga, vendo-a daquele jeito. perguntou: -Dona cigarra, que surpresa! Faz tempo que não a ouço cantar, o que aconteceu?
A cigarra, orgulhosa, não queria mostrar que passava necessidades. -É que eu peguei uma gripe muito forte. Por isso, não posso cantar. A formiguinha ficou penalizada. -Que pena! Espero que recupere sua voz logo, dona cigarra.
E a cigarra, vendo que a formiga era simpática, disse: -Com esse frio, vai ser difícil, dona formiga. Mas se me deixar entrar, eu ficarei boa e poderei cantar para animar o formigueiro.
A formiga deixou-a entrar. Em pouco tempo, a cigarra se recuperou e começou a cantar, muito emocionada e contente com a bondade da formiga.
Moral: Devemos trabalhar no tempo certo, para que não nos falte com o que viver no futuro.
O Corvo e a Águia
Pousado no galho de uma árvore, o corvo admirou-se ao ver a águia pegar um cordeiro com as garras e erguê-lo com facilidade do chão.
A águia levou o cordeiro para o seu ninho nas montanhas, batendo as asas como se não levasse nenhum peso. O corvo ficou com inveja do poder da águia, e quis imitá-la.
Embora fosse menor em tamanho, o corvo tinha uma fome voraz, além disso, um cordeiro seria um prato delicioso para ele. Não demorou muito, e o corvo se aproximou dos cordeiros que pastavam tranquilamente.
Com olhos atentos, imitando a águia, o corvo escolheu dentre eles um cordeiro bem gordinho. Imaginando o banquete que faria dali a pouco, não esperou muito e voou baixo, indo direto para a vítima escolhida.
Antes de agarrá-lo, o corvo disse: -Você é um cordeiro magnífico, gordo e bonito! Será uma ótima refeição! Dizendo estas palavras, lançou-se sobre o pobre animal, que começou a berrar desesperadamente.
Mas o corvo quis imitar a águia elevando o cordeiro do chão, sem pensar que poderia ter dificuldades para isso. Por, exemplo, o corvo não imaginava que o cordeiro fosse tão pesado. Com, certeza, a águia tinha mais força e garras maiores para erguê-lo.
E também as patas do corvo eram mais curtas e finas. Por isso, devido à lã espessa e enrolada, o cordeiro não pode ser agarrado. Mas além de o corvo não poder erguê-lo do chão, ainda ficou preso na lã. O cordeiro assustado, berrou mais alto ainda.
O pastor veio socorrer o cordeiro, e ficou surpreso ao ver o corvo enroscado na lã. Retirou o corvo e o prendeu numa gaiola. O pastor levou o corvo para que seus filhos brincassem com ele. E ficou preso por muito tempo.
Assim, o corvo teve tempo para meditar sobre as consequências de querer imitar os outros animais sem ter as mesmas condições que eles.
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